Perder um membro do corpo por causa de uma doença que pode ser controlada. Essa foi a realidade de mais de 2,5 mil potiguares que sofreram amputações nos últimos três anos por complicações do diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia do RN.
No Dia Mundial do Diabetes, lembrado nesta sexta-feira, especialistas reforçam: o diagnóstico precoce salva vidas. Em Natal, quase 12% dos adultos têm diabetes — a maior taxa do Nordeste.
A endocrinologista Anna Karina Medeiros explica que a glicose alta age como um veneno e provoca danos sérios ao longo dos anos. As amputações registradas no estado — mais de 2.500 — são consequência de até 20 anos de descontrole e falta de acompanhamento adequado.
O problema também está no sistema público: a fila para procedimentos que poderiam evitar amputações chega a dez anos. E, em casos graves, quando há infecção e necrose, a amputação é a única saída para evitar a morte.



