O Partido Socialista Brasileiro (PSB) anunciou, neste sábado (20), que vai romper com o governo Temer. A decisão veio após o vazamento de informações da delação premiada da JBS, que revelou uma gravação em que o presidente ouve várias confissões de crimes, cometidos pelo executivo Josley Batista, e não toma qualquer providência posterior a diálogo, que foi realizado no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março. O PSB tem na Esplanada o pernambucano Fernando Filho, ministro de Minas e Energia. Desde a última quinta-feira (18), o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, solicitou que ele entregasse o cargo, mas o ministro silenciou e manteve a agenda no dia seguinte.
A sigla também resolveu se posicionar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), que antecipa as eleições diretas para presidente da República. Para a cúpula do partido, Temer não tem mais condições de continuar governando e deve abrir mão do cargo.
"O PSB tomará uma decisão de sugerir a renúncia do presidente, porque ele perdeu as condições de governar o país. Dentro desse ambiente de renúncia, que é uma decisão dele, pessoal, ou no caso de vacância do cargo, o PSB defende o respeito à Constituição, fortalecerá e fechará questão com relação à votação da emenda das Diretas Já", afirmou o secretário-geral do PSB, Renato Casagrande.