O servidor do Ministério Público que atirou no procurador-geral de Justiça do RN e em dois promotores em março deste ano foi transferido para uma clínica psiquiátrica nesta sexta-feira (2). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc). Guilherme Wanderley vai permanecer na clínica até que seja concluído o incidente de sanidade mental.
O juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo, da 3ª vara criminal de Natal, determinou, a princípio, a transferência de Guilherme Wanderley para a Unidade Psiquiátrica de Custódia e Tratamento (UPCT), mas foi informado que não há vagas no local. Assim que surgir uma vaga na UPCT, Guilherme deve ser transferido para o local.
Guilherme Wanderley estava preso no Centro de detenção Provisória (CDP) da Ribeira desde o dia 25 de março quando se entregou à polícia. A defesa alega que ele sofre de “transtornos psicológicos” e pediu a instauração de incidente de insanidade mental. O processo foi suspenso até que seja concluída a investigação de problemas mentais do servidor.
O crime
Guilherme Wanderley, de 44 anos, trabalhava no MP há 20 anos. Por volta das 11h da sexta-feira, 24 de março, ele invadiu uma reunião onde estava o procurador-geral de Justiça do RN, Rinaldo Reis. Ele chegou a atirar contra Rinaldo, mas errou. No entanto, conseguiu acertar o promotor público Wendell Beetoven nas costas e dois tiros no procurador-geral adjunto, Jovino Sobrinho.
Em carta, o atirador afirmou que os alvos dele eram o procurador-geral de Justiça, o procurador-adjunto e o coordenador jurídico do Ministério Público do Rio Grande do Norte.
G 1 (RN)