247 - O governo americano está criando dificuldades para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que conta com o respaldo de países europeus e do secretário-geral da entidade, o mexicano Angel Gurría.
Diante da postura refratária dos Estados Unidos, Michel Temer foi aconselhado por auxiliares a abordar esse assunto com o republicano Donald Trump na reunião de cúpula do G-20, que ocorre neste fim de semana em Hamburgo, na Alemanha. Temer recuou da decisão de não viajar.
Autoridades brasileiras esperavam um sinal verde da OCDE para o processo de adesão na próxima quarta-feira, quando haverá a última reunião de conselho da organização antes do verão europeu. No entanto, os sinais dados pela Casa Branca são de que um aval imediato é improvável. Outros cinco países se candidataram a entrar e aguardam, da mesma forma, uma posição da entidade: Argentina, Peru, Croácia, Romênia e Bulgária.
Funcionários do governo brasileiro que estão na linha de frente das negociações admitem a possibilidade de reflexos da crise política.
As informações são de reportagem do Valor.
Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil foi convidado a ingressar na OCDE em diversas ocasiões, mas declinou o convite.