247 - Engavetado há mais de um mês no Supremo Tribunal Federal, o julgamento do pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB) foi adiado novamente.
Ao relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, Aécio alegou que os dois advogados que o defendem não poderão participar da sessão da Corte, que já estava marcada para a próxima terça-feira, 19.
Alberto Zacharias Toron diz, no texto, que estará em Portugal a partir de amanhã (16/9), e lá ficará até 24 de setembro. Argumenta que a viagem já estava marcada "há tempos". O outro defensor de Aécio, José Eduardo Alkmin, alega que estará defendendo outro cliente, no âmbito do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em uma sessão marcada anteriormente à do STF.
O ministro Marco Aurélio Mello decidiu adiar a análise para 26 de setembro.
O pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi feito no dia 31 de julho, o terceiro pedido de prisão após a homologação das delações da JBS. Janot pretende anular a decisão do ministro Marco Aurélio, que havia negado a prisão do tucano, além de ter lhe devolvido às atividades no Senado.
O senador tucano é acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça; ele teria pedido e recebido R$ 2 milhões da JBS e atuado no Senado e junto ao Executivo para embaraçar as investigações da Lava Jato.