O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma nota na tarde desta quarta-feira para rebater a acusação do ex-ministro Antonio Palocci, que afirmou que Lula acompanhava o repasse de propina da Odebrecht para o PT. Em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, Palocci disse que havia um ‘pacto de sangue’ celebrado com a Odebrecht que resultou num pacote de propina de R$ 300 milhões para o PT.
A resposta do ex-presidente, divulgada em sua página oficial no Facebook, diz que o depoimento de Palocci foi “contraditório” e “sem o compromisso de dizer a verdade”. De acordo com a nota, a acusação do ex-ministro da Fazenda “só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos” e “que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula”.
Ainda segundo o comunicado, Palocci precisa citar o ex-presidente para conseguir fechar o acordo. A réplica de Lula afirma também que não há razão para o processo tramitar na 13ª Vara Federal de Curitiba e que Sergio Moro tem “notória parcialidade”.
Em relação ao foco do processo, a suposta compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula, a defesa do ex-presidente diz que “jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991”.
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da República eleito pela população brasileira”, diz o texto.
O Globo