Por Gilvan Rodrigues Leite.
Em relação ao RPPS Regime Próprio de Previdência Social, sou totalmente contra. Digo isso porque fui Diretor Administrativo do NATALPREV, Instituto de Previdência Social dos Servidores do Município do Natal.Os recursos do Instituto ficam à mercê da vontade e (ir) responsabilidade política do gestor. Em Natal, o prefeito Carlos Eduardo fez um rapa de R$. 26.000.000,00 (vinte e seis milhões de reais) e por pouco não inviabilizou definitivamente o Instituto. O negócio é o seguinte, o município é obrigado à contribuir com uma parte e o servidor com a outra.
Os prefeitos querem instituir seu próprio Instituto, no afã de não recolher a contribuição patronal e ainda usarem o dinheiro do servidor para outras finalidades. Todos qdo se verem acossados por falta de dinheiro, metem a mão no dinheiro do Fundo Previdenciário e quando o servidor se aposenta, não tem dinheiro para pagá lo.
Aqui está acontecendo com o Ipern, do governo do estado e em todos os municípios que tem Previdência Própria. Sem falar no elevado custo para montar e manter o Instituto. Que necessita de um quadro técnico altamente qualificado e caro.
É a maior loucura que se possa imaginar. A única garantia dos servidores municipais ficarem tranquilos é ficar como está. Não tem a mínima necessidade disso. Tem muitos interesses escusos atrás disso.
Lembrem-se do dinheiro dos empréstimos consignados que foram descontados dos servidores municipais e não foram recolhidos à CEF Caixa Econômica Federal, estando hoje os servidores inadimplentes e fichados no SPC e no SERASA.
Confio na gestão e na boa vontade do atual prefeito Maurício Caetano e Holderlin Silva, mas ninguém sabe quem vem depois.
E aí, como fica!? E outra coisa, o RPPS só é para os servidores concursados.
Os contratados e comissionados continuam contribuindo para o INSS.
Então prá que duas previdências?
