Faltavam dez dias para o primeiro turno quando Jair Bolsonaro (PSL) disparou um recado duro à cúpula da sua campanha: “Fica todo mundo quieto até as eleições, tá ok?”. A mensagem, transmitida em áudio, evidencia seu incômodo com desavenças internas.
“Estou vendo fofoquinha para cá, fofoquinha para lá (…). Vê se consegue unir essa turma aí, porra. Quer se matar, se ferrar, vai para um canto, mas não fica atrapalhando.” Ele diz que as intrigas o prejudicam. “Tudo reflete contra mim.”
Bolsonaro direcionou a mensagem, inicialmente, a Gustavo Bebianno, presidente do PSL. “Faz um favor, junta essa galera aí num canto, todo mundo sai na porrada e fica quieto. Fica quieto todo mundo até as eleições”, pede no fim da gravação.
O líder das pesquisas decidiu impor limites não só aos aliados, mas também a si mesmo. Ele avisou que vai se abster de declarações polêmicas nos próximos dias. Depois de ser repreendido por ministros do STF, quer evitar questionamentos às urnas eletrônicas.