O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou o ultimato dado por países europeus na semana passada para ele convocar eleições presidenciais, e afirmou que está reforçando o patrulhamento nas fronteiras com o envio das Forças Armadas. A decisão foi tomada após o líder oposicionista e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmar que pediu ajuda humanitária para Estados Unidos e países europeus.
Em entrevista à rede espanhola La Sexta, Maduro disse que não vai “ceder por covardia diante da pressão” dos europeus. “Por que a União Europeia terá que dizer a um país que já fez escolhas que têm de repetir as eleições presidenciais? Só porque seus aliados não ganharam?”, disse Maduro.
O ultimato dado Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda na semana passada termina à meia-noite deste domingo. Os países afirmaram que se Maduro não convocasse eleições presidenciais, eles passariam a apoiar Juan Guaidó.
“Eles tentam nos encurralar com ultimatos para nos forçar a ir a uma situação extrema de confronto”, denunciou Maduro, que insistiu em sua proposta para as eleições antecipadas do Parlamento, dominadas pela oposição.