João Câmara viveu desde o apogeu da sua criação os Ciclos da Estrada de Ferro, do Algodão, do Agave e atualmente da Indústria Eólica. É um ciclo de grande investimento, a cidade tem crescido bastante, mas o setor público infelizmente não tem feito a contra-partida necessária, preferindo utilizar e desperdiçar os recursos públicos em pequenas intervenções, contratos de serviços injustificáveis ao porte do nosso município e do seu porte no cenário sócio-economico do estado.
Os empregos gerados nas empresas eólicas, na maioria são ocupados por pessoas de fora e quanto à questão demográfica, o índice de natalidade é quase zero, pois à muito, nossos filhos nascem em outras cidades pois aqui não dispomos de única sala de parto. Daí gera um grande desequilíbrio entre os nascimentos e óbitos.
Quanto à mobilidade urbana o caos está estabelecido pela falta de pelo menos um boa malha viária, pois o pouco que se tem é mal feita, de péssima qualidade, sem boa manutenção e mais da metade das ruas sem nenhum tipo de pavimentação, depondo negativamente contra as gestões que se passaram nos últimos trinta anos.
Está na hora da cidade ser repensada. Vamos esquecer o passado e trabalhar sério para preparar o futuro. E quando à nós, precisamos nos educar, nos organizar, saber escolher nossos representantes sem paixão política, com responsabilidade e sem fisiologismo, pois só assim sairemos da situação lastimável e vexatória que nos encontramos. Precisamos de sangue novo nas veias, sem os vírus do passado.
Por Gilvan Rodrigues Leite