Após levantamento feito pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propi) do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) no portal do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), foi constatado que, entre os 41 Institutos Federais do país, o IFRN ocupa a 15ª posição entre os registros gerais de patentes e o 1º lugar nos registros de softwares.
Para Márcio Azevedo, pró-reitor de Pesquisa e Inovação e João Teixeira, diretor de Inovação Tecnológica do Instituto, o resultado não é surpresa: “nós, da Propi, trabalhamos muito para incentivar os nossos servidores e alunos na proteção das patentes e softwares. Nessa perspectiva, colhemos bons resultados: somente nesses últimos 4 anos, 20 registros em 2016, 12 em 2017, 16 em 2018, e, agora, em 2019, com apenas três meses, já temos cinco. O total é de 77”, comemora. Somando-se registros de patentes e softwares, o IFRN fica na quarta posição, com um total de 94 registros de propriedade intelectual nessas duas modalidades. A perspectiva da Propi é que, até o final do ano, se alcance na segunda colocação nestas modalidades, em conjunto.
A Propi destaca as pesquisas e ações desenvolvidas por estudantes e servidores, como também a diversidade de editais oferecidos. Os editais proporcionam oportunidades para o desenvolvimento de projetos voltados à inovação tecnológica: “o primeiro edital para o qual chamo atenção é o de fomento à proteção de propriedade intelectual, que foi concedido pela primeira vez em 2017. Este ano está sendo o terceiro dele, que orienta os pesquisadores a desenvolverem uma redação de patente e também mostram que Propi tem um recurso específico para a proteção desses projetos”, conta João Teixeira.
“Os editais de pesquisa, mais voltados ao desenvolvimento tecnológico e inovação, em que especificamos o que deve ser desenvolvido, vêm passando por mudanças no decorrer dos anos, para que consigamos obter melhores resultados”, diz o diretor. Em 2019, a Pró-Reitoria está orientando os pesquisadores para que, ao final da execução do projeto, seja emitida como relatório do projeto uma redação de patente visando conseguir, por meio de parceria entre o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e o pesquisador, seu aprimoramento para ser submetida ao INPI.
A terceira ação da Propi é presença assídua nas principais mostras tecnológicas do IFRN, (Mocitec ZN, do Campus Natal-Zona Norte, Mostra Tecnológica do IFRN e Expotec’s, por exemplo): “sempre que possível, nós temos ido nessas feiras para ver os projetos e orientar aqueles que têm caráter de inovação, com o intuito de submeter propostas de redação de patente ou registros de software. Os cuidados que nós temos com esse tipo de projeto fizeram com que a gente conseguisse chegar a esse patamar entre os Institutos Federais”, afirma João.
Política de Inovação
“A Propi conseguiu desenvolver, através da resolução nº 31/2017, a Política de Inovação do IFRN, que, dentre outras coisas, apresenta todas as diretrizes de pesquisa, desenvolvimento e inovação, os incentivos para o pesquisador e proteção da propriedade intelectual”, comenta o diretor. De acordo com ele, agora, o maior desafio da Pró-Reitoria é implementar a resolução em todo o Instituto: “quando conseguirmos, teremos, consequentemente, melhores resultados”, completa. João conta, ainda, que a Propi está estruturando o NIT, com o objetivo de ter uma representação em cada campi. Em 2019, especificamente, serão realizadas, na Reitoria do Instituto, capacitações voltadas à propriedade intelectual, para que as representações nos campi atendam às demandas específicas voltadas à inovação tecnológica.