A bancada federal do Rio Grande do Rio Grande do Norte recuou neste sábado, 6, da decisão de cortar as verbas para a reestruturação da orla da Praia da Redinha, na zona Norte de Natal, após a escolha do contingenciamento de 21,6% das emendas impositivas ao Estado, imposto pelo Governo Federal.
Com a revisão da partilha de recursos, o projeto do terminal turístico da Redinha passa a ter R$ 8,5 milhões. Antes do corte anunciado na última quarta-feira, 2, a obra iria receber R$ 24 milhões. Na quinta-feira, 3, com a divulgação das emendas, o empreendimento teria apenas R$ 1 milhão.
Com a grita da sociedade civil, que realizou no sábado, 6, um protesto reclamando do corte, os parlamentares resolveram recalcular a quantia. Segundo o coordenador da bancada, deputado Rafael Motta (PSB), o novo valor de R$ 8,5 milhões foi obtido a partir da readequação em 15% das emendas indicadas para as áreas da Saúde e da Educação.
Todas as demais emendas foram mantidas. A obra da Barragem de Oiticica vai receber R$ 40,9 milhões.
Na última sexta-feira, 5, o prefeito Álvaro Dias e o secretário de Turismo, Fernando Fernandes, foram surpreendidos com a notícia do corte. Decepcionado com o que qualificou como “um corte na calada da madrugada”, o secretário Fernando Fernandes criticou o fato do prefeito não ter sido avisado.
“Eles precisavam cortar R$ 36 milhões, podiam ter tirado R$ 1 milhão de vários lugares, mas resolveram buscar R$ 24 milhões de um único projeto que a prefeitura já dava como certo sem ao menos dar uma ligação se explicando”, afirmou Fernandes.
Ouvido a respeito, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira no RN (ABIH), José Odécio, também lamentou o corte da emenda. “Nós sabemos que existem muitas prioridades, mas um corte que prejudicará um corredor turístico importante de Natal é realmente lamentável”, afirmou.