Marcelo Hollanda
Depois de 45 dias sem escalas pelo porto de Natal, uma retaliação da empresa CMA/CGM pela apreensão de drogas em dois contêineres que sairiam com fruta para a Europa, recomeçam nesta segunda, 8, as exportações pelo porto de Natal.
O Marfret Guyane, de bandeira francesa, que presta serviços à CMA/CGM, atracou neste sábado por volta das 12 horas com previsão para deixar o terminal já na segunda com uma carga de 120 contêineres de frutas e outros 120 contendo carga seca.
Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores do porto de Natal, Lenilto Caldas, que comemorou o fim do jejum de 45 dias, todo o quadro de trabalhadores do porto estará na operação, algo em torno de 300, entre estivas, arrumadores e conferentes.
Com mais de 17 mil toneladas brutas e entregue ao serviço em 2007, o Marfret Guyane com os seus 170 metros de cumprimento foi comemorado pelos trabalhadores, que aguardam agora com mais otimismo, a retomada a safra de frutas, em agosto.
Recentemente, em carta endereçada ao Diretor-Presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Almirante Öberg, a CMA/CGM comunicou a retomada de operações no Porto de Natal.
Um dos condicionantes para retomada é que o terminal recupere sua certificação internacional de segurança e coloque em funcionamento um scanner para a inspeção de contêineres, especialmente os refrigerados, que transportam mercadoria perecível, como frutas.
A CMA/CGM é empresa francesa de transporte marítimo e conteinerização sediada em Marselha. Ela foi fundada em 1996 a partir da fusão da Compagnie Maritime d’Affrètement com a Compagnie Générale Maritime. É a quarta maior empresa mundial de seu ramo, navegando por mais de duzentas rotas entre 420 portos em 150 países, entre eles, o de Natal.