Os medicamentos falsificados podem gerar danos graves à saúde, que pode ir desde a não ação terapêutica pretendida (efeito placebo) a problemas relacionados a reações adversas. A população deve estar atenta ao adquirir produtos farmacêuticos para fugir das falsificações.
Nesta terça-feira (13), o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN) divulgou o resultado de uma pesquisa que identificou que 98% dos medicamentos apreendidos no RN eram falsificados.
O trabalho foi desenvolvido no Núcleo de Laboratório Central de Perícias Forenses pelos peritos criminais Leonardo Rêgo e Lucas Nobre e analisou 144 itens, dos quais apenas 6,3% apresentavam registro da Anvisa na embalagem.
Rêgo, perito criminal e também farmacêutico, dá algumas dicas do que deve ser observado na aquisição de medicamentos:
1- Compre sempre em estabelecimentos que contenham alvará para comercialização de medicamentos, como farmácias e drogarias;
2 – Verifique na embalagem a presença do registro do medicamento junto à ANVISA. É um número formado por 13 dígitos.
3 – Verifique se na embalagem do produto há a descrição do farmacêutico responsável, bem como o seu número de inscrição no conselho (CRF);
4 – Só adquira medicamentos que apresentem embalagens em bom estado de conservação e lacrados;
5- Verifique se há alteração no tipo de letra e no texto da embalagem ou da bula.
6 – Se possível, verifique as características físicas do medicamento, quanto ao formato e cor do comprimido, gosto do líquido e embalagem. Em muitos casos, o falsificador não consegue copiar todos os detalhes.
7 – Em caso de dúvida, entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do fabricante do produto.