Há um trabalho intenso no Planalto para “reintegrar” o vice-presidente Hamilton Mourão ao “núcleo duro” do governo, do qual foi afastado, sem prévio aviso, em razão das diferenças de opinião com o presidente Jair Bolsonaro, que não hesitava em tornar públicas. Mourão passou a ocupar espaços e atrair simpatizantes. Mas no Planalto foi até taxado de “demagogo”, pelas declarações “que a imprensa queria ouvir”.
“Ele foi mordido pela mosca azul, mas está na hora de voltar receber missões, que cumpre com presteza e rigor”, avalia destacado general.
Mourão evita holofotes desde maio, auge das queixas, quando deixou de contar com a assessoria competente de André Gustavo Stumpf.
O deputado Marco Feliciano (Pode-SP), ligado a Bolsonaro, chegou a pedir impeachment de Mourão por “desdizer” o presidente.
Carlos Bolsonaro, filho do presidente, disse achar “estranhíssimo o alinhamento” de Mourão com políticos que detestam o presidente.
CLÁUDIO HUMBERTO