As discussões em torno do Hospital Estadual Ruy Pereira dos Santos, em Natal, ganharam novos contornos. Isso porque o Conselho Estadual de Saúde votou, à unanimidade, pela interdição da unidade, que sofre com problemas estruturais. A entidade pediu ainda a transferência imediata dos pacientes. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) disse que pretende realocar os usuários, mas ainda não definiu data para esse processo. A secretaria admite ainda a dificuldade de recursos para reformar a unidade, que é alugada.
A informação foi confirmada ao jornal TRIBUNA DO NORTE pela presidente do Conselho, Geolípia Jacinto. Para tomar a decisão, votada pelos 20 membros do grupo, a entidade levou em consideração relatórios técnicos emitidos pelo Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária.
“A nossa preocupação é técnica, é em cima dos relatórios dos órgãos competentes para fazer a vistoria. São eles que estão afirmando que o Ruy Pereira não tem mais condições de continuar atendendo a população. Não é o conselho que está dizendo. Nós estamos solicitando porque podemos deliberar várias situações”. Segundo Geolípia, a ideia é propor ao Governo um prazo de 30 dias para que os pacientes sejam removidos.
Embora de caráter apenas deliberativo, isto é, sem uma determinação de cumprimento por parte do executivo, a presidente do Conselho informa que o Governo tem a obrigação de garantir a transferência e o atendimento dos pacientes.
“A partir do momento que tem dois laudos técnicos, cinco técnicos da vigilância sanitária, o Corpo de Bombeiros, dizendo a precariedade da situação daquele prédio, eu acho que a secretaria tem obrigação de cumprir uma decisão daquela. […] A decisão agora é da Sesap. Cabe a ela se vai ficar com esse risco ou não”, acrescentou.
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