A um ano das próximas eleições, as urnas eletrônicas serão submetidas a um escrutínio inédito, com ampliação das possibilidades de testes sobre a segurança do sistema de votação. Por trás da iniciativa está uma tentativa de neutralizar o discurso propagado durante a eleição do ano passado.
Em 2018, o então candidato Jair Bolsonaro, parte de seus apoiadores e alguns políticos do PSL encamparam a tese de desconfiança sobre a inviolabilidade do sistema eletrônico brasileiro.
Em pelo menos três frentes, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) vêm buscando ampliar a auditoria do sistema eletrônico de votação. O teste a que são submetidas as urnas, com possibilidade de participação de cidadãos com mais de 18 anos, terá neste ano mais possibilidades de averiguação.
Além disso, autoridades da Justiça Eleitoral tentam garantir a participação de peritos internacionais no processo. E a ida do ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF) Rogério Galloro para o gabinete da presidente do TSE, Rosa Weber, teve, entre outras finalidades, o objetivo de reforçar a ampliação do escrutínio das urnas eletrônicas, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO.