A desigualdade de renda no Rio Grande do Norte, a exemplo do País, alcançou patamar recorde em 2018, aponta a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, divulgados nesta quarta-feira (16), mostram que a metade da população potiguar, quase 1,740 milhão de pessoas, tem renda média mensal per capita de até R$ 289 – o equivalente a 69% da média nacional. No Brasil, quase 104 milhões de pessoas viviam, em 2018, com R$ 413 mensais, considerando todas as fontes de renda.
A PNAD revela que o rendimento da população 10% mais rica do Estado em relação aos 10% mais pobres é 46 vezes maior. Essa concentração é a mais alta registrada nos últimos sete anos. Em 2012, os 10% mais ricos ganhavam 32 vezes mais que os 10% mais pobres. Em 2017, essa razão foi de 36 vezes. Em valores absolutos, os 10% mais ricos ganhavam em 2018 perto de R$ 7.100, um valor 18% maior do que o registrado em 2017 (R$ 6.060). Entre os 10% mais pobres, o rendimento entre 2017 e 2018 reduziu 7,7%, passando de R$ 168 para R$ 155.
Em 2018, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 944 no Rio Grande do Norte, registrando crescimento de 8,9% em comparação a 2017, quando atingiu R$ 867, mas ainda está abaixo do máximo obtido em 2016, R$ 963, e do nível de 2015, R$ 961. Já o rendimento médio nacional per capita foi de R$1.337, o que representou crescimento de 4% em relação a 2017, R$1.285.
No Rio Grande do Norte, as mulheres têm rendimento médio mensal de 81% da renda dos homens; no Brasil, de forma semelhante, o rendimento médio mensal é de 79% do obtido pelos homens. Já as pessoas pardas têm rendimento médio mensal equivalente a 73% das brancas; as autodeclaradas pretas, 66%.
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TRIBUNA DO NORTE