Longe dos holofotes da imprensa e de lobby feito por senadores e deputados, existe um Brasil que aguarda anos por julgamentos do STF e nem sempre vive o suficiente para ver o fim destes processos. É o caso de um senhor de 80 anos do Rio Grande do Sul, que esperou 11 anos por uma decisão do STF, mas morreu na última semana.
O homem aguardava um reajuste na pensão de morte que recebia. A advogada escreveu em uma petição que havia urgência no julgamento do processo por motivos de saúde do homem, que precisaria da verba para tratar o mal de parkinson que sofria.
Em um documento enviado ao STF, a advogada expressou sua indignação com a demora:
“É com lástima que viemos aos autos juntar a cópia de atestado de óbito de Celmar Lopes Falcão, e dar-lhe os parabéns. Parabéns, Ministra, pela demora! A sociedade está cansada de um Judiciário caríssimo e que, encastelado, desconsidera os que esperam pela ‘efetividade’ e pelo cumprimento das promessas constitucionais. Informamos também que as pompas fúnebres foram singelas, sem as lagostas e os vinhos finos que os nossos impostos suportam”.
Enquanto isso, Lula consegue julgamento de HC no mesmo dia. Esse é o STF.
Informações do Estadão.
