A Igreja católica argentina não experimentou o “efeito Francisco”. Levantamento conduzido pelo Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas de la República Argentina com 2.421 pessoas mostrou que a proporção de católicos na população do país caiu de 76,5% em 2008 para 62,9% em 2019.
Entre os mais velhos, a prevalência católica é maior. Entre os argentinos com idade acima de 65 anos, a proporção de católicos é de 81,5%. A menor incidência é dos jovens com idade de 18 a 29 anos: 52,5%. O número de pessoas que se declaram sem religião subiu de 11,3% para 18,9%. Com os evangélicos o salto foi de 9% para 15,3%.
Os participantes também responderam a seguinte pergunta sobre o papa Francisco: a eleição do pontífice, o primeiro argentino na história da Igreja a ocupar o posto, impactou na religiosidade? 82% afirmaram que ela não teve impacto e 8% disseram que sim.
O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo, com 123 milhões de seguidores, mas, mantida a tendência atual, em no máximo trinta anos, católicos e evangélicos poderão estar empatados em tamanho na população. Em 1970, 92% dos brasileiros eram católicos — hoje, são 64%. Quem mais cresce são os evangélicos, que, em quase cinquenta anos, saltaram de 5% da população para 22%.
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