O Ministério Público do Rio Grande do Norte, por meio do Controle Externo da Atividade Policial e do Sistema Penitenciário, está cobrando da Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) uma sindicância imediata para apurar a conduta dos três policiais militares do estado envolvidos na morte do PM da Paraíba Edmo Tavares, de 36 anos.
O cabo Edmo Tavares foi morto em uma troca de tiros ocorrida na tarde da terça, 29, na zona rural de Tacima (PB), em uma operação realizada pelos PMs potiguares (um subtenente, um sargento e um cabo – todos lotados no 8º BPM, em Nova Cruz) – que visava o cumprimento de um mandado de prisão contra um foragido. Os policiais do RN alegam que revidaram a tiros disparados pelo PM paraibano, que teria confundido os potiguares com bandidos, pelo fato deles estarem armados e sem farda.
A portaria que cobra a sindicância foi publicada na edição desta sexta-feira, 1º, do Diário Oficial do Estado. O objetivo, de acordo com o promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra, é apurar “possível violação às normas que regulam o Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública”.
Como diligências iniciais, o promotor requer do comandante-geral da PM do RN, coronel Alarico Azevedo, no prazo de até 10 dias, cópias de todos os documentos que dispuser sobre o evento, além de esclarecimentos se os policiais militares potiguares tinham ou não autorização para realizar operação de natureza policial em outro estado, fornecendo cópia da ordem de serviço, além da cópia do ato administrativo que disciplina o sistema de inteligência da PMRN.
Em entrevista coletiva realizada no dia seguinte à morte do PM paraibano, o próprio coronel Alarico afirmou que nem ele nem o comando-geral da PM da Paraíba tinham conhecimento da ação.
Por fim, o promotor ainda cobra ao delegado-geral de Polícia Civil da Paraíba, cópias digitalizadas dos documentos que já compõem o inquérito policial instaurado para apurar o crime de homicídio que vitimou o cabo Edmo.