O Governo Fátima Bezerra (PT) entrou na Justiça para impedir que os servidores da saúde pública realizem paralisações todas as sextas-feiras, como vem ocorrendo nas últimas semanas. O Executivo espera que o Judiciário declare a greve ilegal.
A governadora pediu que o Juiz determinasse a ilegalidade e abusividade das paralisações que ocorrem todas as sextas-feiras e suspensão das mesmas ou que as unidades de saúde no geral funcionem com o contingente de 70% dos profissionais e as unidades de urgência e emergência com o Walfredo Guergel, não parem, funcionando 100%. O juiz abriu o prazo de 48h para o Sindsaúde-RN se manifestar, e se extinguiu nesta segunda-feira.
"A postura da governadora não condiz com o seu passado. É uma prática antidemocrática, antipopular e afeta diretamente os direitos dos trabalhadores. O governo também se mostra antissindical, pois alega que o Sindsaúde é um sindicato irresponsável. É sério isso, governadora? Irresponsável é o seu governo que, assim como, os que antecederam não priorizam os servidores e o serviço público. A saúde está com salários congelados há mais de 10 anos, não receberam os salários de novembro, dezembro e 13º de 2018, os corredores são superlotados de pacientes, faltam medicamentos básicos, os serviços são precários, os servidores estão sobrecarregados, e é o Sindsaúde que é irresponsável?", disse o Sindsaúde em seu site oficial.
"Nós da direção do Sindsaúde RN repudiamos a prática da governadora Fátima Bezerra que mais uma vez impede os servidores da saúde de se manifestarem. Em março quando denunciamos a truculência e a arbitrariedade do seu governo em criminalizar a greve da saúde, Fátima voltou atrás e disse que foi um erro. E agora, qual será a desculpa? A governadora precisa ter um lado. Ou é o lado dos que lutam e sonham por melhores condições de trabalho ou é o lado daqueles que retiram direitos e criminaliza os movimento", finaliza o sindicato.
Fonte: Portal Grande Ponto