O Partido dos Trabalhadores (PT) condenou, por meio de uma nota divulgada neste sábado (04) o ataque dos Estados Unidos ao Iraque, que resultou na morte do general iraniano Quasem Soleimani.
O PT lamentou que o governo brasileiro tenha manifestado apoio à ação sob o argumento de combate ao terrorismo.
O partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda fez um “chamado pela paz e pelo cumprimento dos acordos multi e plurilaterais, incluindo o acordo nuclear assinado com o Irã durante o mandato do presidente Barack Obama”.
Leia a íntegra da nota:
O Partido dos Trabalhadores (PT) condena com veemência o ataque no dia 2 de janeiro contra militares iranianos, iraquianos e libaneses nas proximidades do aeroporto de Bagdá por mísseis dos Estados Unidos.
A medida levou à morte do General Quasem Soleimani, comandante das forças “Al Quds” do Irã, além da de sete outras pessoas de várias nacionalidades conforme divulgado até o momento.
Lamentável que o governo brasileiro tenha manifestado apoio a tal ação sob o argumento de combate ao terrorismo. Esse argumento falso encobre a atuação sistemática e criminosa dos EUA no Oriente Médio há muito tempo, estimulando conflitos, desestabilizando a região e colhendo resultados financeiros expressivos para investidores das indústrias armamentista e do petróleo.
Serve ainda como parte da estratégia de campanha do presidente estadunidense à sua reeleição no segundo semestre deste ano. Esperamos que a opinião pública mundial e a estadunidense em particular se posicionem contra este tipo de manobra eleitoral que somente tende a aprofundar o conflito na região gerando mais violações dos direitos humanos e ressentimentos. Sucessivos governos dos EUA e particularmente o atual, têm contribuído para agravar os litígios no Oriente Médio.
Fazemos um chamado pela paz e pelo cumprimento dos acordos multi e plurilaterais, incluindo o acordo nuclear assinado com o Irã durante o mandato do presidente Barack Obama e é fundamental que o governo dos EUA e de seus aliados recuem imediatamente de sua interferência nociva no Oriente Médio.
Janeiro de 2019
Partido dos Trabalhadores