O presidente Jair Bolsonaro tem horror à expressão “base de apoio”, que para ele tem odor desagradável, mas, após os solavancos dos últimos dias, ele decidiu autorizar seus líderes no Congresso a atuarem na articulação de uma bancada governista capaz de garantir ao governo alguma tranquilidade. A articulação começará pelo Senado, onde a expectativa do Planalto é somar uma bancada que terá entre 55 e 60 parlamentares, na maioria filiados aos partidos do “centrão” ou “blocão”.
Líder do Governo, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), atua como “bombeiro” na articulação de uma nova atitude política de Bolsonaro.
O senador Flávio ajuda na articulação do Senado. Afável, ao contrário dos irmãos, o senador tem diálogo fácil até com partidos mais raivosos.
Como deputado por quase 28 anos, Bolsonaro sabe exatamente com quantas malas e esquemas se articula uma “base”. Isso ele não quer.
Difícil será o Congresso aprender outro “idioma”, em que as bancadas de apoio ao governo não sejam baseadas no “toma lá, dá cá”.
CLÁUDIO HUMBERTO