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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que o gasto com o novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que prevê participação de 23% da União, é “pesado”, mas “ficou de bom tamanho”. Segundo o presidente, se a proposta inicial de 40% fosse aprovada, o governo precisaria de “duas CPMF” (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira) para financiar o fundo.
“A proposta inicial [para o fundo] queria passar para 40% [o financiamento da União] Toparia passar para 80%, desde que tivesse receita. Agora, foi um debate muito grande, e o governo fez sua parte. Se vai para 40%, teria que criar duas CPMF [para pagar], teria que criar novos impostos”, afirmou Bolsonaro durante sua live semanal.
O presidente comentou que a educação no Brasil “vai mal há muito tempo”, e o problema do currículo escolar é maior que o financeiro. “Quem vai ensinar, o que vai ensinar, se o professor tem como exercer autoridade. Porque sem autoridade, não tem como ensinar nada”, disse.
Bolsonaro encerrou a live em cerca de 20 minutos, mas deu início a uma entrevista à Rádio Jovem Pan logo em seguida, quando também falou sobre o Fundeb. O presidente criticou a imprensa por chamar os deputados que votaram contra a PEC de “bolsonaristas”.
“Falta de caráter, uma maldade”, afirmou. No primeiro turno da votação, apenas sete deputados votaram pelo “não”. Destes, seis são do PSL, antigo partido de Bolsonaro, e o último é do PSC, normalmente alinhado com o presidente. Bia Kicis (DF), uma das seis deputadas que votaram contra o novo Fundeb, foi dispensada da função de vice-líder do governo no Congresso um dia depois da aprovação da PEC.
UOL e Estadão Conteúdo