Os motoristas de ônibus fretados realizaram um protesto nesta terça-feira (11) no Centro Administrativo do Governo do Estado, na Zona Sul de Natal, para reivindicar medidas que os ajudem no enfrentamento da crise econômica causada pelo novo coronavírus.
O ato começou com uma carreata dos ônibus na BR-101, sentindo Natal-Parnamirim. Antes de seguirem para o prédio da Governadoria, alguns veículos que participaram do protesto ficaram estacionados na marginal da Av. Salgado Filho, próximo ao túnel da UFRN. Apesar da ação, o trânsito fluiu normalmente.
Os motoristas querem ser recebidos pelo Governo Estadual, e, caso isso não ocorra, prometem realizar um novo protesto na capital potiguar. Alguns profissionais confirmaram ao Agora RN estão há mais de 180 dias sem realizar nenhuma viagem.
“Nem enterro nós fazemos, pois é proibido levar o pessoal para o cemitério. Nosso objetivo é voltar ao trabalho com condições. Então a gente precisa que abra essa discussão, que sentemos na mesa, pois o diálogo é o caminho. Isso é o colocamos para o Governo do Estado”, desabafa um trabalhar do segmento.
Manifestantes carregavam faixas com frases de reivindicações, como “Governadora, olhe para quem tanto ajuda a economia do Estado girar”. Não foram registradas ocorrências. O movimento foi pacífico.
Segundo o Gabinete Civil, os motoristas solicitam a isenção de taxas que tenham vencimentos durante o período da pandemia, parcelamento de dívidas existentes e reduzir a fiscalização sobre o trabalho da categoria. Pediram também para ver a possibilidade de uma linha de crédito que não seja submetida a análises de crédito e doações de cestas básicas para os mais afetados pela pandemia. Os pedidos serão passados ao secretário do Gabinete Civil e será marcada uma reunião em que ele participe.
Já de acordo com Manoel Marques, diretor do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-RN), responsável pelo setor dos motoristas de ônibus fretados, todas as reivindicações a luz da legislação já foram atendidas e o departamento trabalha para zelar a segurança de seus usuários.
“Vamos avaliar as reivindicações e aquelas que forem justas e dependam de uma simples portaria, como já foi realizado com as vistorias que eram de três em três meses e passou para seis em seis meses, equiparando com a da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Outras que dependem de alterar lei, não é com o DER”, explicou.