O Carnaval de Pernambuco foi suspenso nesta quinta-feira (17) em razão do aumento de casos de Covid-19. O governo de Pernambuco anunciou que a medida vale para todo o estado e teve como base o atual momento epidemiológico e os indicadores da doença.
Nas últimas semanas, mesmo antes do anúncio oficial, algumas agremiações carnavalescas já tinham comunicado por meio das redes sociais que não iriam desfilar em 2021.
O Homem da Meia-Noite, entidade máxima do Carnaval pernambucano, responsável por abrir oficialmente a folia em Olinda, informou na semana passada que não iria às ruas em respeito à vida.
O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, destacou o peso da decisão anunciada nesta quinta. “Essa não é uma decisão fácil, pois o Carnaval representa muito mais do que uma festa para o povo pernambucano. É fato que, até fevereiro, não teremos a maior parte da população vacinada”, destacou.
A medida proíbe a realização de festas em espaços públicos e privados. O governo já havia cancelado festividades relacionadas ao Natal e ao Réveillon.
Nos bastidores, o prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), espera a aprovação de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que transfere o feriado do Carnaval para os dias 5 e 6 de julho. Desta maneira, as pessoas teriam que trabalhar no feriado previsto em fevereiro, o que diminuiria as chances de aglomerações nesta época.
Campos teve conversas em Brasília com o autor do projeto, o deputado Luiz Antônio Teixeira Júnior (PP-RJ). O parlamentar acredita que, no segundo semestre, haverá uma boa parte da população imunizada.
O governo de Pernambuco também publicou nesta quinta-feira novo decreto prorrogando o estado de calamidade pública, em razão da pandemia, até o dia 30 de junho de 2021. A validade do novo decreto é de 180 dias e começa a vigorar em 1º de janeiro de 2021.
Na semana passada, diante do aumento de casos do novo coronavírus, o governo anunciou que colocaria em operação mais leitos à disposição dos pacientes suspeitos ou confirmados para a Covid-19.
O plano, que beneficiará todas as quatro macrorregionais de saúde do Estado, começou a ser colocado em prática. De acordo com a Secretaria de Saúde, até agora, 151 leitos novos foram abertos, sendo 50 de UTI e 101 de enfermaria. Dos 894 leitos de UTI regulados pelo estado, 82% estão ocupados.
FolhaPress