Leite condensado, chocolate granulado, gelatina, iogurte, doce de leite, goiabada, pêssego em calda, queijo, 16 tipos de biscoito. Parece mais a lista de compras que o seu filho sugere, mas é apenas parte dos itens da licitação aberta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no valor de R$ 459.148,20 para a aquisição de gêneros alimentícios.
O pregão foi aberto no dia 24, mas o nome da empresa vencedora ainda não foi divulgado. Normalmente, o fornecedor escolhido oferece o serviço por um valor menor que o da licitação. O contrato deve ser firmado por um ano, a partir de fevereiro.
Hoje, nem todos os ministros e servidores comparecem ao tribunal. Devido à pandemia, as sessões estão sendo realizadas por videoconferência. Ainda assim, o edital alega que a compra é para “atender aos senhores ministros e magistrados convocados, presidência, Corte Especial e apoio, mediante o fornecimento de lanches, durante sua permanência no Superior Tribunal de Justiça”. Os alimentos também serão destinados à creche do STJ, que fornece quatro refeições por dia a 45 crianças.
Segundo o edital, o consumo anual foi calculado com base em 2019, quando a Covid-19 ainda não tinha chegado ao Brasil. Pelo volume de compras da lista, o STJ já está contando com o serviço presencial no ano que vem, antes mesmo da confirmação da vacina.
A lista de compras de biscoitos do STJ é caprichada. Entre doces e salgados, a previsão de consumo para 2021 é de 1.745 quilos. Um dos mais cobiçados é o biscoito casadinho recheado com goiabada, com a compra de 144 quilos. Mas tem sabores para todos os gostos: chocolate, queijo, maçã com canela, aveia com mel, coco e maisena. Para os mais comedidos, tem também água e sal.
O STJ não vai comprar lagosta, nem vinho, como a polêmica licitação realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Em compensação, a Corte caprichou no consumo de refrigerantes. Serão 1.833 litros a serem consumidos em 2021, com variedade de marcas e sabores.
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