As mudanças nas gestões em diversas cidades do Rio Grande do Norte viraram polêmica após os novos prefeitos nomearem parentes para o comando de secretarias municipais. O caso mais recente é o da Prefeitura de Riacho de Santana, no Alto Oeste, que terá com como titulares de secretarias a esposa, o pai, o irmão, o tio e até cunhadas do prefeito Cássio Fernandes (PL).
Apesar de questionável, a nomeação de parentes para cargos de natureza política, como é o caso de secretários municipais, não é ilegal. Ao longo dos últimos 12 anos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm entendido que a indicação de parentes para o secretariado municipal não é encarada como nepotismo.
Em outubro de 2008, por exemplo, numa das liminares que servem de parâmetro para a perpetuação desta prática, o então ministro Cezar Peluzo garantiu o cargo de Eduardo Requião como secretário de Transportes do Paraná, Estado governado na época pele irmão dele, Roberto Requião.