O Brasil amanhece nesta 2ª feira (1º.fev.2021) com a possibilidade de uma paralisação dos caminhoneiros. Em áudios que circulam nas redes sociais, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) afirma que não vai negociar enquanto houver paralisação e que as propostas do governo “já estão na mesa”.
Os caminhoneiros reivindicam o fim da política de paridade de preços com o mercado internacional praticada pela Petrobras. Criticam os aumentos de 5,05% e 4,98% nos preços da gasolina e do diesel, respectivamente.
A categoria também reclama do descumprimento da tabela de frete. Nos áudios, Freitas diz que nada pode fazer. “A fiscalização não é efetiva e não vai ser nunca.”
O ministro conversa com um homem que se identifica como representante da associação de caminhoneiros de Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul.
“Praticar um frete mais baixo, como você vai impedir isso? Assim, o diesel subiu, você tinha que subir seu frete. Por que você não consegue subir seu frete? Porque o seu vizinho do lado faz um frete mais baixo. E se ele faz e consegue transportar, o mercado entende que aquele é o preço”, declara Freitas.
“Agora, o que o governo tem a ver com isso? Se isso fosse um problema de governo… isso é um problema de contrato, de mercado.”
Freitas é o responsável no governo para articular as políticas públicas com a categoria. Ele vem reunindo-se com diversas lideranças por meio do Fórum do Transporte Rodoviário de Cargas.
Em nota, o Ministério da Infraestrutura confirma que Freitas conversou com representantes da Associação dos Caminhoneiros e Condutores de Capão da Canoa.
“Durante a conversa, [o ministro] reafirmou o seu posicionamento em referência às ações setoriais adotadas pela pasta; a total abertura para o diálogo com todas as entidades que demonstram interesse em fazer parte da formulação da política pública; o posicionamento de não negociar com qualquer indicativo de paralisação ou locaute; e sua opinião, de amplo conhecimento de todo o setor, sobre temas de interesse, como a tabela de frete e a necessidade de estimular a economia para ampliar o mercado do transporte rodoviário de cargas”, afirma o ministério.
Com informações do Poder 360