Militares de Mianmar tomaram o poder no país nesta segunda-feira (1º) (horário local) e detiveram integrantes do governo, inclusive a líder política Aung San Suu Kyi, vencedora do Nobel da Paz em 1991; e o presidente do país, Win Myint.
De acordo com a agência Associated Press, uma junta militar pretende ficar no governo durante um ano. Eles acusam os governantes depostos de estarem no poder graças a uma fraude eleitoral.
Há dois meses, o partido Liga Nacional pela Democracia venceu uma eleição que opositores, impulsionados por militares, acusam de serem fraudadas — o que o presidente e as lideranças governistas de Mianmar negam.
“Eu quero dizer ao nosso povo que não responda intempestivamente, e quero que ajam de acordo com a lei”, pediu o porta-voz do governo, Myo Nyunt, em entrevista à agência Reuters. Ele também teme ser preso.
Uma rede de televisão controlada pelos militares de Mianmar confirmaram que as prisões ocorreram em resposta ao que chamaram de “fraude eleitoral” e declararam estado de emergência.
Segundo relatos divulgados pela agência Reuters, militares cercaram também a prefeitura de Yangon, a maior cidade de Mianmar.
Além das prisões, os telefones da capital de Mianmar, Naypyitaw, estavam sem linha desde o início da manhã. A rede de televisão estatal MRTV também ficou fora do ar — segundo a emissora, por “razões técnicas”, sem dar mais detalhes. E moradores do país relataram que serviços digitais estão sem funcionar.
G1