A quatro dias de completar um mês no cargo, a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, considera cumprida a sua primeira missão, o acordo que garantiu a sanção do Orçamento de 2021. “O ano mais apertado em termos fiscais das últimas décadas”, diz a ministra em sua primeira entrevista nesses 26 dias no cargo. Agora, ela se prepara para, novamente, tentar assegurar o diálogo crucial para o governo atravessar a pandemia, a CPI da Covid, e tentar recuperar a economia. “O maior desafio do governo e do país é ampliar a vacinação e preservar vidas. A pandemia é a maior crise depois da Segunda Guerra Mundial”, afirma.
O fato de ser representante do Parlamento, não significa que vá aceitar tudo o que vier do Congresso em termos de pedidos de liberação de recursos, especialmente, se representar um aumento do crescimento da dívida. “Se formos capazes de sinalizar para o mercado uma diminuição do crescimento da dívida pública, teremos mais investimentos e uma retomada mais rápida da atividade econômica”, prevê.
Como única mulher num ambiente tão masculino quanto é hoje o Planalto, ela garante que tem feito seu papel de garantir o diálogo: “Quero construir pontes, não gosto de muros”. No entender dela, não há espaços para processos de impeachment, pois o país não suporta mais rupturas. “Há um calendário eleitoral. Vamos seguir nessa direção”, diz. Sobre seu futuro político, ela diz que tudo será decidido na hora certa.