Nesta quinta-feira (01), o Departamento de Justiça dos EUA anunciou a suspensão temporária das execuções ordenadas pela Justiça Federal. A decisão é uma resposta a ativistas que questionam o funcionamento da pena de morte no país.
Em comunicado, o secretário de Justiça, Merrick Garland, afirmou que os procedimentos serão revisados para evitar “arbitrariedades” nas condenações de negros. Ele ainda citou os altos índices de mudanças de sentença.
O Departamento de Justiça “deve garantir que todos no sistema de justiça criminal federal tenham não somente os direitos garantidos pela Constituição e as leis dos Estados Unidos, mas também sejam tratados de forma justa e humana”.
“Essa obrigação tem força especial em casos capitais”, escreveu Garland.
Um estudo do Centro de Informações sobre a Pena de Morte revelou que, desde 1970, de cada 8,3 pessoas condenadas à morte no país, uma acabou inocentada ou teve a pena alterada. Pouco mais de 55% dos executados são brancos, 34,2% negros, 8,4% hispânicos e 1,8% de outras origens.
O último Censo dos EUA mostra que os brancos compõem 76,3% da população, enquanto 13,4% são negros e 18,5% hispânicos.