O Pentágono anunciou na tarde desta segunda-feira, 30, que a operação de evacuação do Afeganistão, intensificada pouco após a retomada do poder local pelo Talibã, no dia 15 de agosto, acabou às 15h29 no horário de Washington D.C. (16h29 no horário de Brasília), quando o último avião norte-americano deixou o espaço aéreo do país da Ásia Central.
O anúncio foi feito pelo general Kenneth McKenzie, comandante do comando militar central do país. “A retirada desta segunda-feira significa não só o fim da operação de evacuação, mas também o fim da missão de quase 20 anos que começou logo após o dia 11 de setembro de 2001”, declarou. Mais de 120 mil pessoas entre diplomatas, cidadãos afegãos e cidadãos norte-americanos foram retirados.
Os primeiros militares dos EUA chegaram ao país em outubro de 2001, poucas semanas após o atentado do 11 de setembro, no qual uma sequência de ataques coordenados deixou 2,9 mil mortos em três pontos diferentes dos Estados Unidos.
Em pouco tempo, o Talibã foi retirado do poder no local e um governo de transição que respeitasse as etnias da nação foi instaurado. As forças insurgentes voltaram a dominar o país após a tomada de Cabul no dia 15 de agosto e o presidente Joe Biden afirmou que a data final para saída das tropas norte-americanas, marcada para 31 de agosto e negociada ainda pelo governo de Donald Trump, não seria alterada. Ele reconheceu, ainda, que o governo dos EUA não previram um avanço tão rápido das forças insurgentes.
A maneira “improvisada” com a qual os EUA deixaram o país, as cenas de terror presenciadas por aqueles que tentavam deixar as fronteiras afegãs pelo aeroporto de Cabul e um ataque arquitetado pelo braço do Estado Islâmico na região que deixou 13 soldados mortos podem impactar a opinião pública e prejudicar os democratas nas eleições de meio de mandato.
Jovem Pan