O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) atendeu a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (foto) e abriu sindicância para apurar a responsabilidade do MP do Rio no vazamento de dados sigilosos da investigação sobre a suspeita de rachadinha no gabinete do então deputado estadual, diz O Globo.
A decisão foi tomada pelo corregedor Marcelo Weitzel. Em seu despacho, ele determinou que a sindicância apure as circunstâncias em que determinadas informações chegaram à imprensa.
“As reportagens, ao divulgar detalhes do relatório do DLAB, descrevem movimentações financeiras consideradas atípicas do policial militar Diego Ambrósio, sua ex-mulher e de outras pessoas ligadas a Flávio. O PM foi alvo de busca e apreensão na operação do MP-RJ de dezembro de 2019 que mirou Flávio e seus ex-assessores, mas não foi acusado na denúncia oferecida contra o senador e antigos funcionários de seu gabinete”, escreve o jornal.
A defesa de Flávio alega que, a partir das reportagens sobre o assunto, “é possível constatar que a imprensa teve acesso a diversos documentos do procedimento” das rachadinhas, “visto que divulga informações privilegiadas sobre autos tão sigilosos que esta defesa, inclusive, precisou assinar termo de confidencialidade para acessá-los, mesmo com pedido de vista e procuração”.