O presidente Francês Emmanuel Macron decidiu não fazer um teste de covid antes de visita ao homólogo russo, Vladimir Putin, para não ceder material genético a Moscou, segundo a agência internacional Reuters.
O Kremlin teria oferecido duas opções: a realização de um teste do tipo PCR feito pelas autoridades russas e a permissão para se aproximar de Putin, ou a recusa do teste, com a condição de cumprir normas de distanciamento social mais rigorosas.
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Macron foi aconselhado a escolher a 2ª opção, segundo fontes de sua comitiva ouvidas pela Reuters. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que Macron recusou o teste e disse que a Rússia não tinha problemas com isso, mas que isso significava ser necessária uma distância de 6 metros de Putin para proteger a saúde do líder russo.
Macron teria feito um teste de PCR na França, antes da partida, e um teste de antígeno já na Rússia, o que não era compatível com a exigência do Kremlin.
O gabinete de Macron afirmou que “os médicos que definem com ele as regras que são aceitáveis ou não em termos de seu próprio protocolo de saúde”. “Sabíamos muito bem que isso não significava aperto de mão e aquela mesa longa. Mas não podíamos aceitar que eles colocassem as mãos no DNA do presidente”, disse uma das fontes da comitiva à Reuters.
Por isso, a tradicional fotografia dos presidentes sentados lado a lado em poltronas não foi tirada no encontro. Os chefes de Estado foram posicionados um em cada ponta de uma mesa oval com 6 metros de comprimento. O tratamento distanciado valeu também para o presidente do Irã, Ebrahim Raise, que visitou Putin em 19 de janeiro.
Os líderes da Rússia e da França conversaram na última segunda-feira (7) sobre os impasses relativos à Ucrânia. Macron se apresentou como mediador do conflito na última semana, quando agendou reuniões com os chefes de Estado dos 2 países.
Poder 360