As autoridades da Rússia decidiram restringir o acesso ao serviço de notícias do Google no país. A justificativa adotada foi de que o buscador americano estaria apresentando informações não confiáveis sobre a “operação militar especial” que o Kremlin lançou na Ucrânia há quase um mês.
– O recurso de notícias online americano forneceu acesso a inúmeras publicações e materiais contendo informações publicamente significativas não confiáveis sobre o curso de uma operação militar especial no território da Ucrânia – afirmou o Roskomnadzor, órgão regulador de comunicação na Rússia.
O órgão regulador ainda enfatizou que a lei russa contempla responsabilidade criminal pela divulgação consciente de informações falsas sobre as Forças Armadas russas. No dia 16 de março, o Roskomnadzor já havia bloqueado sites de pelo menos 15 veículos de comunicação, segundo a agência AFP.
As páginas online do veículo investigativo Bellingcat, de jornais locais russos e de veículos em russo baseados em Israel e na Ucrânia estariam inacessíveis. Entre os sites com sede na Rússia que foram bloqueados estariam o canal independente Kavkazki Ouzel, que cobre o Cáucaso, e um canal regional baseado nos Urais.
A Roskomnadzor também teria suspendido o acesso a dois canais russófonos baseados em Israel, onde há uma comunidade significativa que migrou da antiga União Soviética: 9 TV Channel Israel e Vesty Israel.