O vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos) minimizou a autorização de compra de 35 mil comprimidos de sildenafila, nome genérico do Viagra, pelas Forças Armadas. O remédio é usado tipicamente para tratar disfunção erétil.
Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", ele disse que a repercussão do caso é "coisa de tabloide sensacionalista" e que a aquisição abasteceria as farmácias das Forças Armadas.
"Nós temos farmácias. A farmácia vende medicamentos. E o medicamento é comprado com recursos do fundo. Então, tem o velhinho aqui [aponta para si próprio]. Eu não posso usar o meu Viagra, pô? O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada", afirmou ele, que é pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.
Na última segunda-feira, o deputado Elias Vaz (PSB-GO) pediu explicações ao Ministério da Defesa sobre a autorização de compra de 35 mil comprimidos do composto para as Forças Armadas. Os pregões foram descobertos no portal da Transparência e no painel de preços do governo.
Em resposta ao UOL, o Exército e a Marinha disseram que os remédios são para tratar hipertensão arterial pulmonar, doença rara que acomete mais mulheres que homens.
De acordo com Veronica Amado, pneumologista coordenadora da Comissão de Circulação Pulmonar da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), a dosagem de 25 mg como a do Viagra, não é a prevista na literatura para tratar a condição.
Com informações da UOL.