O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta quinta-feira (25) que três universidades atestaram a segurança da nova urna eletrônica que será utilizada nas eleições deste ano marcadas para outubro.
Os testes nos códigos-fonte das urnas modelo EU 2020 foram feitos pela Universidade de São Paulo (USP), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que já entregaram as conclusões ao tribunal.
Essas urnas não passaram pelo Teste Público de Segurança (TPS) realizado em maio porque só foram entregues em dezembro do ano passado, quando o edital de testagem já tinha sido lançado. Assim, a análise foi feita pelas universidades em parceria com a Corte.
Segundo o coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, a urna desse modelo mais recente foi exposta aos mesmos ataques executados em todos os Testes Públicos de Segurança já realizados anteriormente.
O Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EP-USP) concluiu que o modelo novo da urna testado preserva todas as proteções existentes nas versões anteriores, dotadas de hardware de segurança, criando um cenário similar de resistência a invasões quando utilizadas.
Segundo o TSE, em nenhum teste de segurança foi possível alterar o destino e a integridade de uma votação.
O teste público do novo modelo de urna foi alvo de questionamento das Forças Armadas na Comissão da Transparência das Eleições, criada pelo TSE em 2021 para discutir a segurança da votação.
Em resposta, a Corte informou que a análise da segurança dos sistemas já estava prevista em um convênio firmado com a universidade. Desde outubro passado, a USP colabora com a Justiça Eleitoral para aprimorar a integridade e a confiabilidade do voto eletrônico.
Os resultados também confirmaram a segurança e confiabilidade dos sistemas que serão utilizados no pleito deste ano.
Segundo o professor Ricardo Dahab, diretor-geral de Tecnologia da Informação e Comunicação da Unicamp, “nada foi encontrado que possa colocar em dúvida a integridade e a confiabilidade do código-fonte da urna eletrônica brasileira nos aspectos que compõem o objeto do presente trabalho”.
Fonte: g1