Os empréstimos consignados concedidos a beneficiários do Auxílio Brasil somaram cerca de R$ 5 bilhões em outubro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28/11) pelo Banco Central (BC).
Ainda de acordo com o BC, o mercado de crédito consignado para trabalhadores do setor privado movimentava algo em torno de R$ 1,5 bilhão até setembro deste ano e saltou para R$ 6,7 bilhões em outubro.
A instituição não informou quais bancos foram considerados no levantamento.
“Esse dado reflete bem essa dinâmica de novos participantes na modalidade. O desempenho é causado pela incorporação de crédito para beneficiários do Auxílio Brasil”, explicou Fernando Rocha, chefe do departamento de Estatísticas do BC, em entrevista coletiva.
A taxa média de juros nas operações do consignado ao setor privado também registrou alta entre setembro e outubro, de 2,69% ao mês para 3,18%. O saldo do crédito pessoal consignado subiu 2,1% em outubro e 14,6% em 12 meses.
Entre os trabalhadores do setor privado, o avanço foi de 4,6% na comparação mensal e 20,5% na base anual, bem acima da média. Em relação aos servidores públicos, as altas foram de 2,4% no mês e 12,2% em 12 meses. Já entre os beneficiários do INSS, o crescimento foi 1,4% e 17,4%, respectivamente.
Como funciona
O crédito consignado é um empréstimo que permite que os beneficiários de programas como o Auxílio Brasil tenham descontadas de seus benefícios as parcelas dos empréstimos contratados em instituições financeiras cadastradas junto ao Ministério da Cidadania.
As parcelas são descontadas todos os meses diretamente do benefício, a juros mais baixos.
Segundo as regras atuais, é possível emprestar até 40%, o que representa um limite de R$ 2.569,34, em 24 vezes. O valor máximo mensal a ser pago é de R$ 160.
Esses R$ 160 são descontados sobre o valor-base do benefício (R$ 400), e não sobre os R$ 600 – que serão pagos até dezembro e devem ser prorrogados para o ano que vem.
Metrópoles