Não houve fraude nas urnas, garantiu o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que assina o 'relatório dos militares' tão esperado pelo bolsonarismo radical que continua nas ruas acreditando que o presidente eleito Lula não assumirá, mesmo tendo sido eleito em um pleito com lisura mais do que atestada.
O relatório foi entregue ao TSE na noite desta quarta-feira (9).
O relatório assinado pelo ministro do governo Bolsonaro atesta a lisura do pleito, assim como os demais relatórios apresentados - a representação das Forças Armadas era só um entre vários integrante no acompanhamento do processo eleitoral e no funcionamento das urnas eletrônicas.
A auditoria paralela ainda reconheceu que os boletins de urnas e os resultados divulgados pelo TSE são idênticos. Ou seja, o boletim que a urna imprimiu registrando os votos dados ao final da votação confere com o resultado da totalização divulgada pelo tribunal.
Mas, ao mesmo tempo que nega a fraude, o relatório assinado pelo ministro bolsonarista tenta dar uma resposta, tanto ao presidente quanto ao seu eleitorado radical que continua nas ruas.
E joga dois pontos que contradizem até mesmo o que as Forças Armadas já expressaram sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas no Brasil.
O primeiro é que “foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”.
Um texto solto. Tanto pode como não pode...
O segundo, dizendo que “não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.
Mas isso já foi desmentido sei lá quantas vezes.
Resumindo, não há possibilidade do ex-presidente Lula não constar como presidente eleito na página oficial da Justiça Eleitoral no Brasil.
FONTE: thaisagalvao.com.br