Estados Unidos e Alemanha decidiram mandar seus principais tanques de guerra para a Ucrânia enfrentar a invasão russa. E, em menos de um mês, os ucranianos terão à disposição um armamento pesado superior ao que os russos dispõem.
A ideia é dar à Ucrânia o poderio bélico necessário não só para resistir à invasão russa, mas para reconquistar os territórios ocupados pelos russos.
Em outras palavras, o envio de tanques pesados de combate indica que a aliança militar ocidental (a Otan) acredita que a Ucrânia consiga decidir a guerra por meio de operações militares de grande porte.
Para manobras militares desse tipo –grandes ofensivas– os tanques continuam sendo considerados como arma essencial, embora os russos tivessem perdido um enorme número deles em seus ataques.
Os países ocidentais foram derrubando uma a uma as restrições de fornecimento de armas pesadas aos ucranianos –faltam agora apenas aviões de ataque e artilharia de longo alcance.
Claro que os novos equipamentos significam uma significativa escalada da guerra. Mas dois fatores parecem ter convencido a aliança ocidental a ajudar decisivamente a Ucrânia. O tempo trabalha a favor da Rússia – que está se preparando por seu lado para uma grande ofensiva – e não faria uso de armas nucleares táticas, mesmo sofrendo uma decisiva derrota no campo de batalha.