O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,039 bilhões no quarto trimestre de 2022, aumento de 8,1% frente ao terceiro trimestre e 52,4% em relação a igual período de 2021. No ano, o ganho foi de R$ 31,815 bilhões, alta de 51,3%.
O lucro do BB no quarto trimestre ficou acima da projeção dos analistas ouvidos pelo Valor, de R$ 8,246 bilhões.
O lucro contábil foi de R$ 8,627 bilhões no quarto trimestre, com alta de 6,5% no trimestre e 61,2% em 12 meses.
A margem financeira bruta (MFB) totalizou R$ 21,451 bilhões no quarto trimestre, alta de 9,7% em comparação ao terceiro trimestre e alta de 44,9% em 12 meses. As provisões para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) ampliadas, compostas pela despesa de PCLD líquida da recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade, tiveram alta de 44,7% frente ao terceiro trimestre e 72,4% na comparação com o quarto trimestre de 2021, totalizando R$ 6,534 bilhões.
Sem citar o nome da Americanas, o banco informa que “a análise personalizada sobre o caso aplicada à metodologia de crédito ensejou provisionamento de R$ 788 milhões, correspondente a 50% da exposição ao ativo”.
“Os desdobramentos do caso estão sob monitoramento constante e o volume de provisão acompanhará a evolução das negociações, sendo que eventual necessidade de agravamento adicional do risco e seu impacto em provisão já estão devidamente contemplados nas projeções corporativas de 2023”, complementou o banco.
As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 8,437 bilhões noquarto trimestre, queda de 1% na comparação trimestral e alta de 7,9% na variação anual. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 8,918 bilhões, crescimento de 6,1% em relação ao trimestre anterior e de 5,6% em 12 meses.
O índice de inadimplência do BB encerrou dezembro em 2,51%, ante 2,34% em setembro e 1,75% em relação a dezembro de 2021.
Guidance
O Banco do Brasil espera reportar um lucro líquido ajustado entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões no ano de 2023, segundo o guidance divulgado há pouco pela instituição financeira.
Já para a margem financeira bruta o banco projeta um crescimento entre 17% e 21% para este ano. No caso da carteira de crédito, o BB espera um avanço de 8% e 12%, com expansões de 7% a 11% no crédito a pessoas físicas, de 7% a 11% naquele voltado a empresas e de 11% a 15% no financiamento ao agronegócio.
Em relação às receitas de prestação de serviços, o banco prevê alta de 7% e de 11%. Para as despesas administrativas também estima-se um avanço de 7% e de 11%.
Por fim, a expectativa para as provisões para devedores duvidosos (PDD) é de R$ 23 bilhões e R$ 19 bilhões.
Valor Econômico