quarta-feira, 21 de junho de 2023

Câmara de Natal e Funcern decidem reaplicar prova de concurso após gabarito só de “letra A”


A prova do concurso da Câmara Municipal de Natal que teve 20 questões consecutivas com opção “A” como resposta correta vai ser reaplicada. A definição foi comunicada nesta terça-feira (20) após uma reunião entre a banca organizadora, representantes da Casa Legislativa e o Ministério Público.

O concurso aconteceu no domingo (18) e a prova em questão era para o cargo de Assistente Legislativo Geral, que oferece 12 vagas para pessoas com diplomas de qualquer curso superior. As demais provas não serão refeitas.

A prova foi elaborada pela Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern) e a sequência de respostas levantou suspeitas de candidatos quanto a isonomia do certame. A própria Câmara admitiu “perplexidade” inicialmente. Diante do fato, foi convocada uma reunião de urgência.

“A fundação vai reaplicar essa prova que foi questionada, muito embora o questionamento tenha surgido tão somente por uma frequência de sequência de alternativa única. Mas, mesmo assim, não houve nenhum tipo de questionamento no tocante a fraude ou qualquer coisa do tipo”, explicou o procurador-geral da Câmara Municipal de Natal, Gustavo Sousa.

A data, no entanto, ainda não foi definida. Segundo a comissão organizadora, em breve um novo cronograma será publicado.

“Vai ser marcada uma nova data de avaliação e oportunizar a todos os inscritos a avaliação do certame novamente com relação a essa prova que foi questionada. E os que não puderem por algum motivo poderão requerer o valor da inscrição”, completou.

‘Falha humana’

De acordo com o assessor jurídico da Funcern, Kleiton Protássio, as provas foram elaboradas de maneira correta, mas houve uma “falha humana” que culminou com a sequência de respostas iguais no gabarito de Conhecimentos Gerais para Assistente Legislativo Geral.

“Houve uma falha humana, vamos assim dizer, na questão do embaralhamento das questões, em que pese elas estarem na estrita legalidade, perfeitas. Foram questões objetivas, contempladas no conteúdo programático do edital, tendo uma assertiva correta e três erradas”, explicou.

Apesar disso, a Funcern também entendeu a necessidade de refazer a prova para evitar suspeitas quanto a credibilidade do certame.

O promotor de Justiça João Vicente Leite, da 25ª Promotoria, reforçou o entendimento na reunião foi de refazer a prova em questão “para afastar qualquer possibilidade de quebra de alguma forma de isonomia do concurso”.

Com informações de g1-RN

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