A seleção brasileira encerrou sua curta passagem pela Europa com derrota para Senegal de virada nesta terça-feira. Em Lisboa, o Brasil, desorganizado, treinado provisoriamente por Ramon Menezes e ainda em busca de um rumo, jogou mal e perdeu por 4 a 2 para o rival africano, que deslanchou no segundo tempo e dominou os brasileiros.
Paquetá e Marquinhos fizeram os gols do Brasil no estádio José Alvalade, casa do Sporting. O zagueiro, capitão na ausência de Casemiro, fora por dores no joelho esquerdo, também marcou um gol contra. Os senegaleses foram às redes outras três, sendo pinturas. Uma de Diallo, no primeiro tempo, e outra de Sadio Mané, astro do Bayern de Munique e protagonista de uma seleção que vive uma das melhores fases de sua história sob o comando de Aliou Cissé. No fim, Mané fechou o placar de pênalti.
Em uma tarde de futebol pobre em Portugal, o Brasil mostrou a Carlo Ancelotti, provável futuro técnico da equipe, que o italiano terá trabalho, ainda que tenha à disposição um bom material humano. Se assistiu à partida, o treinador notou que poucos se salvaram no último amistoso antes do início das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. A estreia no torneio classificatório será contra a Bolívia, em setembro.
Confirmando o aceite ao convite da CBF, Ancelotti começará seu trabalho em 2024 com a certeza de que terá alguns problemas para resolver. Distante do torcedor, a seleção exibe desentrosamento depois da Copa do Catar, a defesa tem sido insegura, não tem um goleador à altura do peso da camisa 9 e continua sem um uma grande referência técnica. Neymar, machucado, permanece fora.
Vinicius Junior tenta ser essa figura e até exibiu bom futebol em alguns momentos do jogo, mas o jovem atacante não consegue repetir com a camisa amarela as atuações de brilho que faz pelo Real Madrid.
Após o jogo Danilo ciomentou sobre a indecisão da CBF na escolha pelo treinador. "Pedimos para o presidente definir um plano, e vamos segui-lo. Não quer dizer que eu vou estar aqui, mas nosso papel é fazer com que a decisão tomada funcione da melhor maneira possível", afirmou. "O Ramon vem crescendo, e tem o respaldo de todos nós. Nesse momento é importante que os jogadores assumam a responsabilidade de se entregar ainda mais”, completou.