O esforço do governo de Fátima Bezerra (PT) em aprovar a permanência da alíquota-modal do ICMS em 20% por tempo indeterminado tem provocado intensos debates no Executivo, no Legislativo e também tem movimentado os bastidores da política potiguar. Informações acerca de negociações envolvendo cargos no governo já começam a circular na imprensa local, mas o governo nega que esteja operando o suposto “toma lá, dá cá”.
Segundo informações de bastidores, o governo estaria disposto a negociar com deputados 52 cargos, numa tentativa de seduzir os parlamentares a votar a favor do projeto do Executivo que tenta manter o imposto estadual ICMS em 20% por tempo indeterminado. A matéria passou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (ALRN) por 5 a 2 na última terça-feira 8.
O secretário-adjunto de Gabinete Civil do Governo do Estado, Ivanilson Maia, declarou ao AGORA RN que desconhece essa suposta negociação de cargos em troca da aprovação do projeto. “Eu desconheço tudo isso aí. Eu também não acredito que tenha partido aqui do governo esse tipo de coisa não”, disse o adjunto da pasta de articulação.
O auxiliar da governadora negou que os parlamentares da base estejam demandando mais espaços na administração estadual. “Não me chegou nenhuma queixa, eu tenho até uma relação razoável com boa parte deles e eles nunca reclamaram disso. O que a gente tenta é, não só com quem é da base – até quem não é eu já atendi vários – construir um relacionamento amistoso”, explicou Ivanilson.
Ainda de acordo com o adjunto do Gabinete Civil, também não há previsão de haver nenhuma reforma administrativa no governo este ano. No entanto, ele analisa que, se houver mudanças nesse sentido, será somente em meados de 2025.
“Não tem nenhuma discussão acerca disso [reforma administrativa] e eu acho que também não é o momento. Reforma administrativa, acredito que só lá para 2025, provavelmente, se houver. Mas como a governadora gosta de manter seus quadros, então dificilmente ela vai mudar. Essa é a avaliação política que eu faço”, concluiu o secretário.
Agora RN