A virada do ano foi de recuperação para José Roberto Burnier, de 63 anos. O âncora da TV Globo, que apresenta o SP 1 e SP 2, passou mal após trabalhar no plantão de Réveillon e foi levado às pressas para o hospital, na última sexta-feira (29/12).
Segundo o site Notícias da TV, o jornalista terminou de apresentar os dois telejornais e sentiu uma dor no peito. Socorrido para a emergência do Hospital Sírio-Libanês e, chegando lá, passou por exames e descobriu o bloqueio total da artéria principal do coração.
Ainda na madrugada, José Roberto Burnier passou por um procedimento para desobstrução da artéria e colocou um stent. Fontes do portal revelaram que, em conversa com amigos, o âncora da emissora dos Marinho disse estar aliviado e contou desconfiar que apresentou os dois programas enfartado, devido à gravidade do bloqueio.
O apresentador ficará afastado temporariamente dos trabalhos e fará acompanhamento com o médico Roberto Kalil Filho. Ele apresentou os dois jornais nos dias 27, 28 e 29 de dezembro. Após passar mal, o jornalista foi substituído por Ana Paula Campos no sábado (30/12), mas a TV Globo explicou o motivo aos telespectadores.
Ainda de acordo com a página, José Roberto Burnier assumiu a bancada do SP 2 em abril de 2022, quando o âncora anterior, Carlos Tramontina foi demitido. Antes, o jornalista apresentava o programa Conexão, na GloboNews.
“Antes de ir para notícias do dia, queria agradecer do fundo do meu coração as mensagens que recebi de vários de vocês, mensagens de carinho, força e solidariedade. Estava afastado desde 17 de julho do ano passado para me tratar de um câncer. Agora felizmente está tudo bem, então com saúde vamos continuar levando adiante essa experiência fantástica que é a vida”, disse na abertura do telejornal à época.
O repórter recebeu o diagnóstico de câncer na língua em julho de 2019 e o tratamento envolveu 33 sessões de radioterapia e três de quimioterapia. Em dezembro daquele ano, Burnier falou com o G1 sobre o HPV, doença sexualmente transmissível que causou o problema.
“Nunca soube que eu tinha [antes do câncer]. O HPV a gente pega às vezes na adolescência, ele fica no nosso organismo anos, décadas, inerte, e de repente ele aparece e infecta uma célula. E pode provocar esse tumor”, explicou, antes de completar:
“Por incrível que pareça, é uma ótima notícia, porque quando é provocado por HPV tem a melhor resposta ao tratamento. Álcool e cigarro é mais difícil combater”, acrescentou. E completou: “Foi sem dúvida o maior desafio da minha vida suportar o tratamento. Uma das coisas mais importantes do tratamento de câncer é você ser abraçado. É perceber que você não está sozinho”.
Metrópoles