Um dos principais motivos para a deterioração das rodovias estaduais é o recebimento de cargas muito superiores às capacidades originalmente projetadas.
A avaliação é de Gustavo Coelho, secretário de Infraestrutura do Rio Grande do Norte, para quem as empresas eólicas e de petróleo e gás deveriam auxiliar o Estado na recuperação dos trechos mais prejudicados.
“As rodovias com maior dificuldade de fazer a recuperação são aquelas que têm tráfego intenso e que tem uma utilização de um tráfego com carga muito superior à capacidade necessária”, afirmou Gustavo, em entrevista na última segunda-feira 15 à 98 FM.
O secretário enfatiza que cada rodovia foi concebida com critérios específicos. No entanto, o perfil de transporte atual difere consideravelmente das expectativas originais. “Cada estrada dessa tem um projeto elaborado com uma série de critérios. Uma delas era a carga e o número de veículos que iriam passar por ano naquela rodovia. Hoje nós temos um perfil de transporte completamente distinto de quando foram pensadas essas rodovias”, destacou Gustavo Coelho.
Devido a essa questão, o secretário de Infraestrutura esclareceu que o que tem sido feito é a adequação na malha viária para que os transportes de cargas pesadas não prejudique significativamente essas estradas. “O que nós temos que fazer hoje é adequar pelo menos alguns casos, fazer o reforço da base para que a gente possa fazer o suporte dessas rodovias e fazer frente a essa sobrecarga”, explicou.
O secretário afirma que, por causa disso, o governo tem procurado empresas responsáveis por essas sobrecargas para que alguns trechos sejam restaurados em conjunto. Em alguns casos, já há acordo para parcerias. Ele citou o caso da RN-401, que dá acesso à cidade de Guamaré. A via está sendo recuperada em parceria com a 3R Petroleum, que administra a Refinaria Clara Camarão. Além disso, a RN-086, próximo ao município de Parelhas, será recuperada junto com a eólica Elera.
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