O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “não existe arma de guerra mais importante do que o alimento” e ressaltou a necessidade ampliar a produção de fertilizantes no Brasil. Ele participou nesta quarta-feira (13) da inauguração do Complexo Mineroindustrial da EuroChem, em Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro. Com investimento de US$ 1 bilhão, a planta vai fornecer 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano para a agricultura brasileira.
“Se o alimento é tão importante, e se o fertilizante é tão importante para a produção de alimento, por que um país com a vocação agrícola como o Brasil já não se transformou num país autossuficiente?”, questionou o presidente.
Lula aproveitou a ocasião para criticar o fechamento de três fábricas de fertilizantes, entre 2016 e 2020, durante os governos Temer e Bolsonaro. “Aqui havia a predominância de um complexo de vira-lata, de achar que Brasil era inferior. De achar que o Brasil não podia produzir, que a gente tinha que vender o que a gente tinha e comprar o que não tinha”, criticou. Nesse sentido, afirmou que a guerra entre Rússia e Ucrânia fez com que “despertasse” outra vez a certeza de que o país precisa ampliar a sua própria produção.
Desse modo, a nova fábrica da EuroChem vai produzir o equivalente a 15% da produção nacional. A construção do novo complexo criou 3,5 mil empregos. Sua operação, por outro lado, vai criar mais 1,5 vagas de emprego. Além disso, a empresa se comprometeu a contratar ao menos 30% de mulheres.
O presidente ressaltou que o seu governo aprovou, no Congresso, a lei que estabelece igualdade salarial entre homens e mulheres. E criticou as empresas que estão entrando na Justiça para tentar descumprir a nova regra.
Fase excepcional - Depois de tratar da questão dos fertilizantes, apostando no otimismo, Lula afirmou que o Brasil está “numa fase excepcional”. “Nós já plantamos tudo o que tinha que plantar. Já adubamos a terra, já jogamos a semente, cobrimos a terra. Esse ano é ano da gente colher as coisas que foram plantadas”.