A menos de 100 dias da próxima eleição, o atual gestor do município de São Miguel do Gostoso, Renato de Doquinha, está tentando aprovar um Projeto de Lei (nº 181/2024) que autoriza um empréstimo no Banco do Brasil no valor de 11 milhões de reais, em nome do poder Executivo. A votação está marcada para esta sexta-feira (28/06), às 9h, na Câmara Municipal local, onde a população promete comparecer para protestar.
Como se não bastasse o absurdo, pelo ato em si, hoje, a folha de pagamento da prefeitura, inchada com a quantidade excessiva de funcionários (em uma verdadeira “farra” de comissionados), chega a assombrosa marca de 3.246.465,56 mensais, em um município com pouco mais de 11 mil habitantes.
Levando em conta a hipótese de uma folha financeiramente saudável, de aproximadamente 1,3 milhões (levando em conta a quantidade de habitantes e necessidades reais do município), o valor de “sobra” seria de aproximadamente 2 milhões mensais. Um montante considerável que, se bem utilizado, supriria as necessidades para a realização de todas as melhorias pleiteadas no Projeto de Lei. E o melhor: sem precisar endividar o município através de empréstimos milionários em instituições financeiras.
E por falar em montantes vultosos, o município arrecadou, apenas em 2023, a receita total de R$ 76.376.964,47…e até junho de 2024, R$34.465.750,64, segundo o Portal da Transparência. E cadê este dinheiro, afinal?
Esta novela de empréstimo, inclusive, não é nova: em 2023, a tentativa de empréstimo foi na Caixa Econômica Federal, no valor de 15 milhões. Foi barrada após uma ação pública, que conseguiu provar que o FPM Gostosense já encontrava-se comprometido com o INSS, cuja dívida, hoje, ultrapassa os 10 milhões de reais.
Gostoso tá deixando de ser gostoso para todos para ficar Gostoso apenas para alguns. É o caminho que estamos assistindo.